quarta-feira, 7 de novembro de 2012

CONDIR EM FORTALEZA - James Magalhães de Medeiros



CONDIR EM FORTALEZA

N
os dias 20 e 21 de outubro do corrente ano, estivemos na belíssima cidade de Fortaleza, participando da última reunião do Conselho Regional Nordeste. Na sexta, à noite, fomos recepcionados pelos irmãos cearenses, na sede do MFC, presentes todos os mefecistas do nordeste, com exceção dos irmãos do Estado da Bahia. Após a leitura da palavra de Deus, foram manifestadas opiniões a respeito, para em seguida ser servido um lanche e a interação de todos os presentes.

Como de hábito, no sábado, foi construída uma pauta de trabalho, a qual foi consumida entre as oito e dezessete horas, com pausa, apenas, para os lanches e o almoço. Todos os assuntos pautados foram discutidos e decididos, dentro de um clima de irmandade e confiabilidade. Já no domingo, no mesmo local, Colégio Christus, tivemos um encontro de estudo e meditação, com o Padre Juan, nosso orientador espiritual, no Ceará, que brindou a todos com o tema: a questão da mulher dentro da Igreja. Foi um momento fascinante, onde todos aprenderam muito e tiraram suas dúvidas.

Não é o meu desejo escrever ou publicar uma ata sobre o evento ora em comento, mas, realçar alguns assuntos, para que o leitor não apenas tome conhecimento, mas, também, aprofunde com sua família, tirando conclusões para uma vida mais alegre e participativa.

Por exemplo, no próximo ano iremos realizar o 18º Encontro Nacional, na cidade de Vitória da Conquista – BA, cujo tema central será: “Famílias: Abram os olhos diante dos desafios do século XXI.”, com o lema: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância.” (Jô – 10,10)

Observem que o tema e o lema propostos requer de todos nós uma pausa profunda, pois enquanto família estamos, quase sempre ou na maioria das vezes de olhos fechados, enquanto o nosso habitat se altera galopantemente, em constante desagregação de valores. Não podemos deixar que o mundo social em que vivemos, dominado pelo capital, pelo consumismo desenfreado e pelo avanço da comunicação tecnológica, ponha fim a vida que nos foi dada com amor, com doação, com humildade e, sobretudo, em abundância.

Essa inércia da família e da sociedade está levando o consumismo neoliberal a transformar o sujeito humano à condição de objeto e o objeto – a mercadoria – ocupando a condição de sujeito, tudo isso em razão de que o consumo não é mais determinado pela necessidade, mas pelo sonho do consumidor de alcançar o status do produto, valor esse criado pela mídia publicitária e pela moda, é o que nos mostra Frei Beto, em seu artigo: “Sujeito vira objeto”, publicado no jornal Tribuna Independente, de 25/10/2012.

Não percamos a fé e a esperança, sejamos fortes e determinados, e afirmemos: “Senta comigo a minha mesa / nutre a esperança, reúne os irmãos / planta o meu reino, transforma a terra / mas que coragem, tens minha mão.”

Somente assim, mudando os valores da atualidade para verdadeiros bens sociais e sujeitos humanos, criados à imagem e semelhança de Deus, nos será possível ter vida em abundância.