segunda-feira, 7 de março de 2011

SANTA FAUSTINA KOWALSKA E O CARNAVAL

Textos compilados por Hugo Ferreira Pinto
Nos últimos dias do carnaval, quando rezei a hora santa, vi Nosso Senhor no momento da flagelação. – Oh que suplício inconcebível – Como Jesus sofreu terrivelmente quando foi flagelado. – Oh pobres pecadores, como será o vosso encontro no dia do julgamento com esse Jesus a quem agora martirizais? – O Seu Sangue corria para o chão, e em alguns lugares o corpo começou a desprender-se. E vi nas costas alguns dos Seus ossos despidos de carne... Jesus, silencioso, gemia e suspirava (188).

9 de fevereiro de 1937. “Nestes dois últimos dias conheci um grande acúmulo de castigos e pecados.

O Senhor deu-me a conhecer num instante os pecados do mundo inteiro cometidos neste dia. Desfaleci de terror e, apesar de conhecer toda a profundeza da misericórdia divina, admirei-me que Deus permita que a humanidade exista. E o Senhor deu-me a conhecer quem sustenta a existência dessa humanidade: são as almas escolhidas. Quando se completar o número dos escolhidos, o mundo não existirá mais.

Nestes dois dias recebi a comunhão reparadora e disse ao Senhor: ‘Jesus, hoje ofereço tudo pelos pecadores, que os golpes da vossa Justiça atinjam a mim e um mar de misericórdia envolva os pobres pecadores’. E o Senhor atendeu ao meu pedido; muitas almas voltaram-se ao Senhor, mas eu agonizava sob o peso da Justiça Divina; sentia que era objeto da ira do Deus Altíssimo. À noite o meu sofrimento atingiu um tão grande abandono interior que gemidos saiam do meu peito, mesmo contra a minha vontade. Fechei-me à chave no meu quarto e comecei a adoração, ou seja, a Hora Santa. O abandono interior e o sentimento da Justiça Divina era a minha oração. Os gemidos e a dor que saíam da minha alma ocuparam o lugar do doce diálogo com o Senhor.”

“Então, de repente, vi o Senhor que me estreitou ao Seu Peito e disse: - ‘Minha filha, não chores, porque não posso suportar tuas lágrimas. Eu lhes darei tudo o que pedes, mas não chores mais. ’ – E inundou-me uma grande alegria, e o meu espírito, como de costume, mergulhou n’Ele como meu único tesouro.” (Diário, n°926-928).

27 de fevereiro de 1938. ÚLTIMOS DOIS DIAS DO CARNAVAL. “Os meus sofrimentos físicos aumentaram. Procurei unir-me mais estreitamente com o Salvador, pedindo-Lhe misericórdia para o mundo todo, que enlouquece em sua maldade. O dia todo senti a dor da coroa de espinhos. Quando fui me deitar, não podia encostar a cabeça no travesseiro, porém às 10 horas desapareceram as dores e adormeci, sentindo contudo no dia seguinte, um grande aniquilamento.” (n°1619).