sábado, 27 de novembro de 2010

APRENDENDO UMA NOVA LINGUAGEM

O GRUPO NOVO HORIZONTE do MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO DE MACEIÓ, se reuniu para discutir o tema “AMAR DO JEITO QUE O OUTRO ENTENDA”, a partir de um artigo da terapeuta de casal e família e mestre em psicologia, Deonira La Rosa, postado neste Blog no dia 28 de outubro. Esse assunto suscitou excelentes discussões, com grandes ganhos para todos. No dia seguinte a mefecista Renata Vilela, enviou por e-mail a todos do grupo um artigo escrito por ela com suas próprias conclusões, um texto comovente com o qual vocês certamente irão se identificar e que passamos a divulgar.

“APRENDENDO UMA NOVA LINGUAGEM”

Renata Vilela
Grupo Novo Horizonte
MFC MACEIÓ

Depois de 28 anos descobri uma nova linguagem que eu não conhecia. Na verdade, não é que eu não conhecesse. Eu apenas não a via como uma linguagem.

É a linguagem do amor. Parece óbvio. Não, não se precipitem. Não pensem que sou uma insensível. Muito pelo contrário. Sempre amei intensamente. E, na melhor das hipóteses acerca de que o amor é uma linguagem, eu acreditava que esta era universal.

Ontem eu descobri que não. Existem várias formas. Ou melhor, não descobri, pois acho que no fundo eu já sabia, mas tomei a consciência. É engraçado. Deixem-me tentar explicar.

As variantes do amor são como o sotaque. É sim; não riam. Leiam o resto!

Todos sabem que no Brasil falamos português. No entanto, basta viajar para percebermos que a mesma língua é falada de forma diferente. E sabe o melhor disso tudo? No começo a gente pode até não entender alguma coisa, alguma particularidade, mas bastam alguns dias em outro Estado e voltamos falando diferente, chiando mais ou menos, puxando um “s”, falando um “vice” um “bah guria”. Pois é. Mas isso não é por acaso. Sabia que isso tem uma explicação científica? Estudos de fonoaudiólogos demonstraram que, se uma pessoa de diferente região, por exemplo, sudeste, vai morar no nordeste, e assimila hábitos de comunicação, o sotaque daquele local, significa que ela tem aceitação por aquele novo lar, que ela está aberta àquela cultura.

Interessante não é?

Ah, já sei! Você deve está pensando “O que é que ela está falando? Aonde quer chegar com isso? E o amor, o que tem a ver?” Tudo!!! Não pensem que eu me perdi não!

Façamos a ligação: AMOR – LINGUAGEM – PORTUGUÊS – BRASIL –
SOTAQUE – CULTURA – ACEITAÇÃO.

Bingo!

Por que não nos dispomos a aprender a linguagem do outro, a maneira pela qual nosso parceiro demonstra o seu amor? Onde está a nossa capacidade de aceitação? Quanto tempo é necessário para “pegarmos” esse sotaque do outro?

Ah, mas esse talvez seja o problema: não entendemos o amor como uma língua nova, que precisamos prestar atenção dia a dia para aprendermos. Não queremos nos despir de nossos hábitos e costumes e aprender novos.

Sugiro que, a partir desta consciência, passemos a olhar o amor com outros olhos, principalmente o amor do outro. Passemos a vê-lo não apenas como um sentimento, mas também como uma disciplina a ser aprendida a cada dia. Prestemos atenção nas lições; todas elas são importantes. Se não entendermos, tudo bem volte algumas páginas e leia novamente. Conhecimento é uma construção. Ninguém aprende a dividir se não souber multiplicar. É uma seqüência.

Que possamos ser eternos aprendizes e que busquemos sempre a maior graduação no amor.